Alguns sinais de vida, ela ainda existe, mas uma diferença fundamental nos olhos. Não têm luz, desapareceu, deu para observá-lo hoje novamente no espelho do elevador, impossível não se notar, impossível não acontecer.
Continuo a ter apoios e a encontrar conforto nas palavras, mensagens e telefonemas diários de pessoas amigas, do meu pai, que me telefona regularmente para me tentar dar força, esperança. A minha mãe continua a não digerir muito bem também o que aconteceu, tento dar-lhe um pouco de força e ela a mim, várias vezes no silêncio, sem precisarmos de falar. Tenho imagens recorrentes dos últimos momentos, dói como tudo, decisões que temos de acarretar para sempre, apertos no estômago, uma pessoa nunca mais é a mesma.
Não foram nada pacíficos estes dias, este ano até, mas principalmente estes finais de luta, falhas graduais a cada dia, os últimos dois então foram de uma brutalidade que me dilacerou por dentro e não dá para esquece-los.
Fotos por revelar, ainda não consigo olhar bem para elas, mais tarde, talvez.
Saturday, April 10, 2010
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